segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

MULHER VAI À DELEGACIA DENUNCIAR SUPOSTO SEQUESTRO DE FILHA E É PRESA SUSPEITA DE LATROCÍNIO COMETIDO EM 2002

Delegada suspeitou de denúncia ao ouvir relato de homem que 'resgatou' criança de 4 anos que estava em situação de vulnerabilidade. Menina ficou menos de 24h desaparecida.
Por G1 AM

Mulher é suspeita de ter cometido latrocínio em 2002 — Foto: Eliana Nascimento/G1 Amazonas
                  Mulher é suspeita de ter cometido latrocínio em 2002 — Foto: Eliana Nascimento/G1 Amazonas

Uma mulher, de 35 anos, foi presa neste domingo (3), em Manaus, por cumprimento de um mandado de prisão preventiva de um latrocínio ocorrido em 2002. Ela estava na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) para registrar um suposto sequestro de sua filha - que já foi encontrada -, quando a delegada de plantão descobriu seu histórico e deu voz de prisão.

Marinéia Rodrigues da Rocha foi à delegacia denunciar que sua filha, de 4 anos, tinha sido vítima de um sequestro. A criança, segundo versão inicial da mãe, tinha sido abduzida na noite de sábado. Na manhã do dia seguinte um homem a entregou à delegacia especializada. Ao ouvir as versões tanto da mãe quanto do homem que diz ter resgatado a menina, a delegada suspeitou da mulher.
O homem que encontrou a criança contou à polícia que viu a mãe sob efeito de bebidas alcoólicas na noite de sábado (2), na Avenida Torquato Tapajós, sem condições de cuidar da filha. Ele, então, a resgatou.

"No domingo, por volta de 9h, compareceu aqui na Depca uma pessoa entregando a criança e relatando que essa criança estaria em uma situação de vulnerabilidade na rua, à noite. Ele disse que viu a mãe extremamente bêbada e a criança correndo risco de ser atropelada. Com isso, ele pegou a criança, levou para casa e passou fez fotos para divulgar que teria encontrado uma criança de quatro anos", disse a delegada titular da Depca, Joyce Coelho
Sem onde saber onde a filha estava, a mulher divulgou o desaparecimento e foi até a delegacia. Ao ouvir as versões divergentes do caso, a delegacia fez busca pelo nome da mãe e encontrou o mandato de prisão em aberto por um latrocínio cometido em 2002.

O latrocínio

"Ela foi denunciada em 2011, por um latrocínio ocorrido em 2002. Na hora da averiguação, constatamos que havia dois mandados em aberto no nome dela. Constatando a validade desses mandados, eles foram cumpridos e ela foi recolhida", explicou a delegada.

A mulher teria teria esfaqueado e roubado um homem. Como Marinéia nunca se apresentou à polícia, ela era dada como foragida.

"Ela estava numa festa e teria se envolvido em uma confusão com um homem, que culminou numa facada no pescoço dele. Em seguida, ela acabou roubando seus pertences, como celular, dinheiro e o relógio", afirmou a delegada.

Questionada sobre a acusação, a suspeita informou que houve a discussão, mas que não cometeu o crime. Em relação ao desaparecimento da filha, ela relatou que teria desmaiado na rua e alguém sequestrou a menina.

Marinéia foi indiciada por latrocínio. Após os procedimentos cabíveis, ela será encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF).

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