Dos 167 municípios do Rio Grande do Norte, 153 estão em situação de emergência por causa da seca - considerada a mais severa da história.
Sem água nas torneiras, moradores de Santana do Matos enfrentam fila para pegar água nos chafarizes espalhados pela cidade (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Maria Rocha é costureira e tem 63 anos de idade. É avó de 22 netos e mãe de 11 filhos. Mas, presente de fim de ano, ela só quer um: “que chova bem muito”. Vasilhas, baldes, garrafões e tambores de água marcam o lugar dela na fila. Com as torneiras vazias, é precisa recorrer a chafarizes para ter o que beber.
Maria Rocha, moradora de Santana do Matos, tem esperança de um ano novo de boas chuvas (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Maria mora em Santana do Matos, na região central potiguar. A cidade tem pouco mais de 13 mil habitantes, e entrou em colapso no abastecimento faz um mês. “É um sofrimento sem fim. Nossa virada de ano vai ser de oração e fé. Que Deus nos ajude, pois precisamos muito que volte a chover”, disse ela, repleta de esperança.
Maria Alves, agricultora, ficou emocionada ao lembrar que o fim do ano está se aproximando e ela não vai ter dinheiro para presentear a família (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Na cidade, o G1 encontrou outra Maria. Além do mesmo nome, as dificuldades e os sonhos também são iguais. Disse ela:
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"Peço a Deus todos os dias que mande chuva. O fim do ano está chegando e eu não vou ter dinheiro para presentear meus filhos nem meus netos. Isso é muito triste"
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