quinta-feira, 29 de junho de 2017

ESTADO ISLÂMICO PERDEU 60% DE SEU TERRITÓRIO E DE SEUS RECURSOS



Forças antiterror do Iraque avançam sobre territórios controlados pelo Estado Islâmico em Mossul - AHMAD AL-RUBAYE / AFP

RIO - O grupo Estado Islâmico (EI) perdeu em três anos 60% do território que havia conquistado e 80% de suas receitas, de acordo com um estudo do escritório de análise IHS Markit divulgado nesta quinta-feira. O território do "califado" autoproclamado em junho de 2014 em áreas no Iraque e na Síria passou de 90.000 quilômetros quadrados em janeiro de 2015 para 36.200 quilômetros quadrados em junho de 2017, aponta a empresa com sede em Londres.

Uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos diários contra os extremistas islâmicos desde o verão (no hemisfério norte) de 2014. No terreno, a batalha no Iraque é conduzida pelo exército nacional, enquanto na Síria o EI é combatido principalmente pelas Forças Democráticas Síria (FDS), uma aliança de combatentes curdos e árabes. Nas duas frentes, as forças anti-jihadistas recebem o apoio da coalizão internacional.

— A ascensão e queda do EI se caracteriza por uma rápida expansão seguida por um declínio constante. Três anos após a sua proclamação, é evidente que o projeto de governança do califado fracassou — observa Columb Strack, um especialista em Oriente Médio do IHS Markit. — O resto do 'califado' deve desintegrar-se antes do final do ano e o seu projeto será reduzido a uma série de áreas urbanas isoladas que deverão ser reconquistadas ao longo do ano de 2018.

FATURAMENTO MENOR

Além disso, as finanças do EI também entraram em colapso. A renda mensal do grupo terrorista passou de US$ 81 milhões no segundo trimestre de 2015 para US$ 16 milhões no segundo semestre de 2017, um decréscimo de 80%.


— Isso se explica pelo declínio contínuo de todas as suas fontes de financiamento, seja a produção de petróleo, a arrecadação de impostos e confiscos e outras atividades ilegais — aponta outro especialista do IHS, Ludovico Carlino.


POR O GLOBO

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